segunda-feira, 23 de maio de 2011


Repórter consegue sair do chão com a força do pensamento

Quem nunca sonhou em poder mover objetos com o poder da mente? Ou levitar? A ciência já permite que o homem use a concentração para fazer coisas incríveis, que mais parecem ficção científica.

É preciso marcar hora para entrar num teatro em Troy, uma cidade que fica a 250 quilômetros de Nova York. Do lado de dentro há pouca luz. Um clima de mistério até que uma pequena porta se abre. De lá sai uma pessoa que é posicionada no centro de um grande tablado. O que vai acontecer depende só da força do pensamento dela.

Silêncio, concentração e, de repente, ela flutua no ar. Mas não é nenhum truque de levitação. São dois cabos, bem visíveis, presos a um pequeno motor que a puxam para cima.

O que é diferente é o modo como tudo isso funciona. Não há um botão ou uma alavanca para ligar e desligar o equipamento. O sistema é todo controlado pelas ondas cerebrais da própria pessoa que será levantada do chão.

Antes de entrar no palco, assistentes ajudam quem participa dessa espécie de “teste mental” a vestir correias de segurança e a fixar um eletrodo especial na cabeça. É esse equipamento que irá captar a atividade elétrica do cérebro e enviar as informações para um computador que decidirá se ela é ou não suficiente para fazer o sistema de cabos funcionar.

O criador da instalação artística é o designer e diretor de teatro americano Yehuda Duenyas. Ele explica: é uma espécie de jogo, onde as luzes, os sons e os sistemas de cabos, tudo é acionado pela mente de quem está ali, se concentrando e meditando.

A maioria das pessoas não vai além da primeira fase, que é a passagem por uma linha verde que fica a pouco mais de um metro de altura. Quem consegue ouve o som de um grande trovão, seguido de luzes e de uma trilha sonora diferente. A próxima passagem de fase é a seis metros de altura.

Chega, é claro, a vez de o repórter do Fantástico tentar. Flávio Fachel veste o cinto de segurança. Em seguida, o eletrodo é instalado em sua cabeça. A instrutora explica o que é preciso fazer para os cabos o levantarem do chão. A instrução dada é a seguinte: o repórter precisa esvaziar a cabeça. Pensar em nada.

Ele respira fundo e tenta obedecer às ordens da instrutora, seus pés começam a sair do chão.
De repente, fica tudo escuro. É o fim do jogo. Ele conseguiu chegar até a altura máxima.

Quando perguntado se essa tecnologia poderia, por exemplo, mudar a forma como se faz teatro no futuro, o criador da instalação responde que sim. “Imagino os atores presos a cabos controlando com a mente os próprios movimentos sem que seja necessária a ajuda de auxiliares ou operadores”, afirma.

O criador da instalação complementa: esta experiência é apenas a ponta do iceberg para o que é possível fazer com esse sistema.

Controle mental movimenta robôs 
Nem mágica, nem show. No Japão, o controle mental está apenas a serviço da ciência. O homem com uma touca espalhafatosa na cabeça é o professor Kyuwan Choi, um dos maiores especialistas em mover objetos com a força do pensamento.

Por enquanto, o robozinho é capaz de mover os dois braços e dar um chute com o pé direito, o que levou os cientistas a fazerem uma homenagem ao futebol brasileiro.

O professor Choi explica como funciona: quando movemos a mão direita, a atividade aumenta no lado esquerdo do cérebro. Quando é a mão esquerda, é o lado direito. E o chute aciona a parte central do cérebro.

A touca capta essa atividade, transmite para um computador que dá as ordens para o robô se movimentar. Então vamos testar o equipamento. Vamos ver se o professor consegue mesmo controlar o robô com a mente.

Ele diz que o grande avanço da tecnologia desenvolvida por ele é o tempo de resposta do robô. Ele levanta os braços e chuta praticamente na mesma velocidade que nós gastamos para fazer esses mesmos movimentos com o nosso corpo.

A tecnologia também está ficando mais simples, qualquer pessoa é capaz de usar. Antes de começar a experiência é importante comer alguma coisa. Segundo os pesquisadores, o cérebro não funciona direito se o estômago estiver vazio. E um alimento importante é o chocolate.

O professor Choi diz que isso é um primeiro passo para a recuperação de pacientes com derrame cerebral que bloqueia as ligações nervosas entre o cérebro e os membros. Eles voltariam a mexer braços e pernas com uma espécie de armadura mecânica movida com o poder da mente, como hoje já dá pra fazer com o robô.

Acompanhe o Fantástico também no Twitter e no Facebook 

Nenhum comentário:

Postar um comentário