segunda-feira, 30 de maio de 2011

Homem é assassinado próximo ao Campo da Liga em Patos
Foi registrada a vigésima segunda vítima de homicídio em Patos. O fato aconteceu neste sábado, dia 28, por volta das 19:45 h. na Rua José Palmeira, nas imediações do campo da Liga saída para Piancó. A vítima, identificada como Jardel de Araújo Torres, 25 anos, foi morto por dois homens próximo de sua residência onde morava com a mãe, na Rua Maria de Sousa Barreto, no Bairro maternidade.

 As informações são vagas para polícia, mas a investigação começa pelo fato da vítima ser acusado da morte de um carroceiro também na mesma localidade.

Gladson de Lima Ferreira, amigo da vítima que se encontrava próximo do fato saiu ferido com um tiro no olho. Gladson foi encaminhado para Campina Grande e seu estado de saúde inspira cuidados. Já foi repassada informação que o jovem perdeu o olho.

De acordo com relato de testemunhas para polícia, as duas vítimas estavam bebendo no local e de repente dois suspeitos se aproximaram e um deles efetuou vários disparos de Pistola atingindo as vitimas. Várias cápsulas, inclusive algumas intactas, foram encontradas no local. Em Jardel, pelo menos 04 disparos foram encontrados pela perícia.


A polícia realizou buscas pelo local mais ninguém foi preso. As diligências continuam para tentar prender os acusados.
Mais um: Homem é assassinado a pedrada na cidade de Patos
4 horas separam o primeiro do segundo assassinato em Patos



Os crimes voltaram a assustar a população patoense neste final de semana. Apenas 4 horas separam o primeiro do segundo assassinato ocorrido na cidade. A primeira vítima foi Jardel de Araújo Torres, 25 anos, morto com 4 tiros. A segunda vítima foi identificada como sendo Lindomar Guedes da Silva, 23 anos, morto por dois suspeitos que utilizaram pedras para praticar o crime que aconteceu na Rua Elias Asfora, no Bairro Maternidade, mesmo bairro da primeira vítima.

O segundo crime que aconteceu por volta da meia noite deste sábado, dia 28, causa mais medo com a forma usada pelos assassinos: pedras. A violência nesse caso chama a atenção por que os assassinos usam meios rudimentares para a prática criminosa, provando que podem barbarizar sem armas de fogo comuns nos assassinatos acontecidos.

Não há informação precisa de qual seria o motivo que teria levado os assassinos a matarem a pedradas o “amigo”. As primeiras informações apontam que a vítima e os acusados supostamente estavam juntos bebendo e teriam se desentendido durante a bebedeira.


Homem mata a esposa e a sogra e depois se apresenta à polícia
Um homem assassinou a esposa e a sogra na madrugada deste domingo (29) e, em seguida, se apresentou à polícia e confessou o crime. O crime aconteceu em Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes (PE).
As vítimas foram Maria José da Silva, de 20 anos, e Maria da Penha da Silva, de 54 anos, respectivamente esposa e sogra do acusado de cometer o duplo homicídio: José Roberto da Silva, de 25 anos.
José Roberto morava em uma casa situada na rua Pau Brasil na companhia da esposa e da sogra. Porém, de acordo com a polícia, ele seria contrário à presença da sogra na residência e, ao acordar nesta madrugada, teria resolvido matar as duas.
E.R.
Do pe360graus


Fernando Henrique defende regulamentação da maconha e causa polêmica

Ex-presidente conduz o documentário 'Quebrando o tabu'. No filme, ex-presidentes reconhecem que falharam em suas políticas de combate às drogas.

Um ex-presidente da república roda o mundo, grava um documentário e levanta uma bandeira bem polêmica. Segundo ele, o consumo de maconha deveria ser regulamentado.

Sábado, 21 de maio, Centro de São Paulo. A Marcha da Maconha, proibida pela Justiça, vai às ruas e é reprimida pela polícia.

“Não adianta querer tratar um debate de ideias com porrada. A gente não vai aceitar, a gente vai continuar”, argumenta o jornalista Júlio Delmanto.

As vozes pela descriminalização, ou até pela liberação da maconha, estão ganhando apoio de peso. O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira, já defendeu publicamente até a formação de cooperativas para o plantio de maconha.


E agora o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, prestes a completar 80 anos, conduz um documentário que defende a descriminalização do uso de drogas e a regulação do uso da maconha.

Por que o presidente resolveu meter a mão nesse vespeiro? “Porque é um vespeiro. As pessoas não tem coragem de quebrar o tabu e dizer: vamos discutir a questão”, diz Fernando Henrique Cardoso.

No filme "Quebrando o tabu", que estreia nesta semana, Fernando Henrique Cardoso e ex-presidentes do México, Ernesto Zedillo; da Colômbia, César Gaviria; e dos Estados Unidos, Jimmy Carter e Bill Clinton reconhecem: falharam em suas políticas de combate às drogas.

Perguntado sobre o motivo pelo qual não foi implementado em seu governo, Fernando Henrique Cardos responde: “Primeiro porque eu não tinha a consciência que tenho hoje. Segundo que eu também achava que a repressão era o caminho”.

Todos concluem que a guerra mundial contra as drogas, iniciada há 40 anos, é uma guerra fracassada. Bilhões de dólares são gastos no mundo inteiro, mas o consumo cresce, e cresce o poder do tráfico, espalhando a violência. As armas constantemente recolhidas dos traficantes no Rio de Janeiro são a prova de que a polícia trabalha enxugando gelo. É preciso ir além das apreensões de drogas e do combate aos traficantes.

“Um ponto central é questionar a lógica de guerra, não é defender o uso da droga. É apenas dizer: ‘vamos ver, vamos pensar se não existem jeitos mais inteligentes e mais eficientes de lidar com esse assunto’”, diz o diretor do filme Fernando Gronstein Andrade.

No Brasil, a maconha é a droga mais difundida. Consumida por 80% dos usuários de drogas; 5% da população adulta. Mas é inofensiva a ponto de ser legalizada?

“Não há droga inofensiva. Qualquer coisa depende da dose, da sensibilidade do indivíduo. Agora, entre as drogas usadas sem finalidade médica para fins de divertimento, para fins de recreação, a maconha é bastante segura”, afirma Elisaldo Carlini,médico da Unifesp especializado em drogas.

Palavra de quem há mais de 40 anos estuda a questão e trata dependentes. O professor Elisaldo Carlini representa o Brasil nas comissões de drogas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das Nações Unidas.

“Defendo totalmente a descriminalização”, diz Carlini.

“Eu sou contra porque quanto mais fácil você tornar a droga disponível na sociedade, maior será o consumo”, defende o psiquiatra da Unifesp Ronaldo Laranjeira.

O professor Ronaldo Laranjeira trata de dependentes químicos há 35 anos. “Ela é uma droga perigosa. Um dos principais exemplos é que 10% de todos os adolescentes menores de 15 anos que experimentam com a maconha vão ter um quadro psicótico”, afirma.

Na lista das drogas mais perigosas publicada na revista médica “Lancet”, respeitada no mundo inteiro, a maconha aparece em 11º lugar, bem atrás do álcool e até mesmo do cigarro, que são vendidos legalmente.

“Álcool é mais letal do que maconha. Não se diz isso, mas é. Pelo menos os dados mostram isso. Então, temos que discutir e diferenciar, regular o que pode e o que não pode”, defende o ex-presidente Fernando Henrique.

Regular não é o mesmo que legalizar. E foi isso que Fernando Henrique Cardoso descobriu indo para a Holanda. Lá a maconha é vendida em cafés. Mas o governo não legalizou o uso indiscriminado. Funciona assim: a regulamentação determina que você não pode consumir nas ruas, nem vender fora dos cafés; nos locais determinados, fuma-se maconha sem repressão policial.

“Na Holanda é muito interessante. Os meninos de colégio – eu conversei com eles - não têm curiosidade pela maconha, porque é livre”, garante Fernando Henrique Cardoso.

O consumo de maconha é tolerado e, mesmo assim, vem caindo. Desde 2006, a lei brasileira já trocou a prisão por penas alternativas para quem é pego com drogas e considerado usuário, não traficante. Mas que quantidade de drogas, que situação caracteriza o tráfico? Isso a lei deixa a critério do juiz.

É uma linha difícil de estabelecer. Como o doutor Drauzio Varella explica no documentário: “Como a droga é criminalizada, é um crime você possuir a droga, não vão dez pessoas comprar se uma pode comprar e dividir entre as dez. E o menino que usa droga percebe que, dessa maneira, também se ele vender um pouquinho mais caro, a dele sai de graça”, argumenta o médico no filme.

Nesse caso, o usuário vira traficante e acaba na prisão, onde, como se sabe, a droga circula facilmente.

Em Portugal, o consumo de entorpecentes não dá mais cadeia desde 2001. Mas há uma penalidade: o usuário tem que fazer tratamento médico e prestar serviço social.

“A maior parte dos que usam drogas quer sair dessa situação. E a existência de um caminho que não os leve à cadeia, mas que leve ao tratamento, é positiva”, ressalta Fernando Henrique.

O ministro da Saúde de Portugal explica que dez anos depois o tratamento é gratuito para dependência em todo tipo de droga – da maconha ao crack.

“Dez anos depois, o que nós vemos? Os nossos jovens consomem menos drogas ilícitas”, revela o ministro.

“Eu não vejo nenhum sentido em criminalizar o uso e a posse dessas drogas todas. É um caso de saúde, não é um caso de polícia”, avalia Elisaldo Carlini.

Mas qual é a estrutura que o Brasil tem hoje para tratar seus dependentes?

“Essas pessoas ficam perambulando pelo sistema de saúde ou perambulando, literalmente, pelas ruas, no caso dos usuários de crack. E você fica desassistindo ativamente essa população”, comenta Ronaldo Laranjeira.


O Ministério da Saúde já fez as contas do que falta para tratar dependentes químicos: 3,5 mil leitos hospitalares, 900 casas de acolhimento e 150 consultórios de rua, para chegar às cracolândias, por exemplo. Mas a previsão é atingir essa meta só em 2014.

“Como ministro da Saúde, tenho opinião como ministro. Exatamente isso: nós do Sistema Único de Saúde (SUS) precisamos reorganizar essa rede e ampliá-la rede para acolher usuários de drogas, sejam lícitas ou ilícitas”, afirma Alexandre Padilha.

Na Suíça e na Holanda, existem os projetos chamados de redução de danos: dependentes de drogas pesadas, como heroína, recebem do governo a droga e agulhas limpas.

“É terrível ver isso. Mas você vê também que ali está um doente, não um criminoso”, constata Fernando Henrique Cardoso.

Triste, mas é essa redução de danos que evita a transmissão de doenças infecciosas, mortes por overdose e a ligação dos usuários com o crime.

“Eu não estou pregando isso para o Brasil, porque a situação é diferente, o nível de cultura, riqueza e violência é diferente. Cada país tem que buscar seu caminho. É isso que eu acho fundamental. Quebrar o tabu, começar a discutir e ver o que nos fazemos com a droga”, diz Fernando Henrique Cardoso.

Ouvindo um ex-usuário famoso, o documentário dá uma pista: campanhas de prevenção abertas e honestas podem funcionar.

“O grande perigo da droga é que ela mata a coisa mais importante que você vai precisar na vida: o seu poder de decidir. A única coisa que você tem na sua vida é o seu poder de decisão. Você quer isso ou quer aquilo? Seja aberto, seja honesto. Realmente, a droga é fantástica, você vai gostar. Mas cuidado, porque você não vai poder decidir mais nada. Basta isso”, alerta o escritor Paulo Coelho.

Painel do Fantástico
O Fantástico abriu uma votação para saber a votação do público sobre a regulamentação do uso da maconha no Brasil. O resultado da pesquisa instantânea do nosso painel foi: 57% dos telespectadores que votaram defenderam que o consumo deve ser permitido e regulamentado.

Acidente em curva entre Patos e São José do Bonfim deixa um morto
A violência continua descontrolada também no trânsito. No final da tarde deste domingo (29), por volta das 17h, aproximadamente, Francisco Vieira Barbosa, 48 anos morreu ao sobrar numa curva, na PB 262, altura do KM 05.
Ele vinha em companhia de Luiz Miranda Barbosa (idade não informada) que viajava de carona na “garupa” da moto Titan, cor vermelha e placa NQG – 2719 – Patos. De acordo com informações, o rapaz saiu consciente do local, mas continua sobre observação na Ala vermelha do HRP.

Segundo relato de policiais pertencentes ao CPtran que faziam o isolamento da área e controlavam o fluxo de veículos no local, Francisco Vieira desenvolvia alta velocidade e não conseguiu controlar a motocicleta que passou direto na curva abrindo uma enorme clareira no mato.

Ainda conforme relato de pessoas que residem nas proximidades onde aconteceu o acidente, próximo a comunidade Agrovila, na zona rural de São José do Bonfim, os dois rapazes estavam bebendo em uma Palhoça que fica nas imediações daquela cidade.

Provavelmente quando se dirigiam para as suas residências aconteceu o acidente. Os policiais não souberam informar qual o grau de parentesco entre uma vítima e outra, porém sabe-se que os dois apresentam em suas identificações o mesmo sobrenome.

O Samu foi acionado e conseguiu socorrer a tempo a outra vítima. Enquanto que o cadáver de Francisco Vieira só foi retirado do local, pouco mais das 19 horas.
vitima
moto
Mário Frade - Portalpatos 

segunda-feira, 23 de maio de 2011


Quadrilha de jovens de classe média rouba mais de R$ 1 milhão

Segundo a polícia, usando charme e sobrenome importante, os rapazes conseguiam informações privilegiadas para praticar arrastões em residências.
Jovens de classe média se uniram pra formar uma quadrilha de ladrões, no interior de São Paulo. Segundo a polícia, usando charme e sobrenome importante, os rapazes conseguiam informações privilegiadas para praticar arrastões em residências.

“O Leonardo é considerado o chefe da quadrilha. Tudo pra ele é uma aventura. Parece até que ele está participando de um grande filme”, diz o delegado Márcio Garcia Murari.

Jovem de classe média, Leonardo Engler, 19 anos, usa roupas caras. O cabelo lembra o do cantor e ídolo adolescente Justin Bieber. O pai é representante comercial e a mãe, professora.

“Se esse rapaz batesse na porta de casa e falasse que era um namorado da minha filha, eu ia receber super bem, um sobrenome legal, iria até me dar orgulho”, conta uma das vítimas.

Nas imagens, Leonardo compra gaiolas de pássaros numa loja de Ribeirão Preto, interior paulista. Paga com um cartão de crédito roubado. Estão com ele o irmão Tiago, 24 anos, e os amigos: Guilherme Alves, de 21; e João Paulo Limírio, de 26. Rafael Rossin, 20 anos, não aparece nas imagens. Mas, de acordo com as investigações, também faz parte da quadrilha.



A maioria mora em casas confortáveis em Franca, conhecida como a capital nacional do calçado. E, segundo a polícia, nenhum trabalha ou estuda.

“São todos de classe média, classe média alta. Jovens que frequentam a considerada alta sociedade da cidade. Têm uma estrutura familiar que realmente não caberia que os mesmos acabassem entrando para essa modalidade criminosa”, aponta o delegado.

De acordo com os policiais, baladas e namoros serviam para a quadrilha escolher as vítimas.

“Se aproveitavam dessa amizade que tinham com filhos de pessoas de bom poder aquisitivo da cidade. Chegavam a frequentar residências onde aconteciam algumas festas e acabavam colhendo informações do que havia na casa e de quando, principalmente, os familiares iriam viajar”, explica o delegado.

As investigações apontam que, em cerca de seis meses, a quadrilha invadiu pelo menos 11 casas e roubou o equivalente a mais de R$ 1 milhão. O Fantástico encontrou duas vítimas dos ladrões.

“Tive um prejuízo de uns R$ 70 mil”, conta uma senhora que não quis se identificar.

Ela tem três filhos adolescentes.

“Fiz o aniversário dos meus filhos e uma festinha de despedida do meu filho”, diz.

Um representante comercial teve um prejuízo de R$ 15 mil. Ele também tinha feito uma festa recentemente.

“Há um mês, foi aniversário da minha filha de 16 anos na minha casa e vieram uns coleguinhas dela, de escola”, conta a vítima.

Ele diz que os ladrões não estavam entre os convidados.

“Minha filha não conhecia nenhum deles. Como são sobrenomes de peso, sabia quem era, mas nunca teve contato”, disse.

“Os ladrões sabiam que a família toda tinha viajado pelo Orkut. Amigo do amigo, que comenta alguma coisa”, afirma uma mãe que não quis se identificar.

Intriga a polícia o fato de a maioria das casas assaltadas ter câmeras e alarmes.

“A informação de que a família não estava era colhida com filhos de vítimas. Agora, sobre o funcionamento de todo sistema de monitoramento, certamente havia alguém que lhes passava”, acredita o delegado.

Fomos ao prédio onde os jovens ladrões se escondiam.

A quadrilha invadiu o apartamento, número 32, que acabou virando uma espécie de QG do crime. Tudo o que os ladrões roubavam levavam para lá. A polícia encontrou também cocaína e maconha. A droga seria vendida para estudantes de uma universidade que fica bem perto dali.

Numa das grades do prédio, encontramos esta frase, escrita provavelmente com uma faca e que resume tudo: "É o crime. Vida boa pra nós".

“O Leonardo mantinha no interior do apartamento um caderno com várias anotações do que eles tinham a pagar, do que eles tinham a receber”, diz o delegado.

Estão na cadeia Rafael, João Paulo e Leonardo. Guilherme foi preso neste sábado (22). Tiago ainda está foragido. Por telefone, o Fantástico tentou ouvir o pai de Leonardo e de Tiago.

Pai: Nós não estamos falando não.
Repórter: Mas o senhor acha que os filhos do senhor estão envolvidos nesse caso?
Pai: Não.
Repórter: Não estão?
Pai: Não.

Procuramos os parentes dos outros acusados. A maioria não estava em casa. Já o pai de Rafael acredita na inocência do filho.

Pai de Rafael: Ele estava em casa no dia dos roubos. Tem testemunha.
Repórter: O senhor não quer falar nada a respeito?
Pai de Rafael: Não. Agora, não. No momento, não.

Os jovens devem ser indiciados por furto qualificado, tráfico de drogas e formação de quadrilha. Outros suspeitos estão sendo investigados.

“O Leonardo foi categórico em afirmar para um dos investigadores que realmente a casa dele tinha caído. Mas ele disse pra mim: em breve, eu estarei na rua e certamente vou recuperar o tempo perdido”, conclui o delegado Márcio Murari.

Esta semana, a Justiça negou o pedido de relaxamento da prisão de Leonardo Engler. O jovem pode ser condenado a mais de 20 anos de cadeia.

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Repórter consegue sair do chão com a força do pensamento

Quem nunca sonhou em poder mover objetos com o poder da mente? Ou levitar? A ciência já permite que o homem use a concentração para fazer coisas incríveis, que mais parecem ficção científica.

É preciso marcar hora para entrar num teatro em Troy, uma cidade que fica a 250 quilômetros de Nova York. Do lado de dentro há pouca luz. Um clima de mistério até que uma pequena porta se abre. De lá sai uma pessoa que é posicionada no centro de um grande tablado. O que vai acontecer depende só da força do pensamento dela.

Silêncio, concentração e, de repente, ela flutua no ar. Mas não é nenhum truque de levitação. São dois cabos, bem visíveis, presos a um pequeno motor que a puxam para cima.

O que é diferente é o modo como tudo isso funciona. Não há um botão ou uma alavanca para ligar e desligar o equipamento. O sistema é todo controlado pelas ondas cerebrais da própria pessoa que será levantada do chão.

Antes de entrar no palco, assistentes ajudam quem participa dessa espécie de “teste mental” a vestir correias de segurança e a fixar um eletrodo especial na cabeça. É esse equipamento que irá captar a atividade elétrica do cérebro e enviar as informações para um computador que decidirá se ela é ou não suficiente para fazer o sistema de cabos funcionar.

O criador da instalação artística é o designer e diretor de teatro americano Yehuda Duenyas. Ele explica: é uma espécie de jogo, onde as luzes, os sons e os sistemas de cabos, tudo é acionado pela mente de quem está ali, se concentrando e meditando.

A maioria das pessoas não vai além da primeira fase, que é a passagem por uma linha verde que fica a pouco mais de um metro de altura. Quem consegue ouve o som de um grande trovão, seguido de luzes e de uma trilha sonora diferente. A próxima passagem de fase é a seis metros de altura.

Chega, é claro, a vez de o repórter do Fantástico tentar. Flávio Fachel veste o cinto de segurança. Em seguida, o eletrodo é instalado em sua cabeça. A instrutora explica o que é preciso fazer para os cabos o levantarem do chão. A instrução dada é a seguinte: o repórter precisa esvaziar a cabeça. Pensar em nada.

Ele respira fundo e tenta obedecer às ordens da instrutora, seus pés começam a sair do chão.
De repente, fica tudo escuro. É o fim do jogo. Ele conseguiu chegar até a altura máxima.

Quando perguntado se essa tecnologia poderia, por exemplo, mudar a forma como se faz teatro no futuro, o criador da instalação responde que sim. “Imagino os atores presos a cabos controlando com a mente os próprios movimentos sem que seja necessária a ajuda de auxiliares ou operadores”, afirma.

O criador da instalação complementa: esta experiência é apenas a ponta do iceberg para o que é possível fazer com esse sistema.

Controle mental movimenta robôs 
Nem mágica, nem show. No Japão, o controle mental está apenas a serviço da ciência. O homem com uma touca espalhafatosa na cabeça é o professor Kyuwan Choi, um dos maiores especialistas em mover objetos com a força do pensamento.

Por enquanto, o robozinho é capaz de mover os dois braços e dar um chute com o pé direito, o que levou os cientistas a fazerem uma homenagem ao futebol brasileiro.

O professor Choi explica como funciona: quando movemos a mão direita, a atividade aumenta no lado esquerdo do cérebro. Quando é a mão esquerda, é o lado direito. E o chute aciona a parte central do cérebro.

A touca capta essa atividade, transmite para um computador que dá as ordens para o robô se movimentar. Então vamos testar o equipamento. Vamos ver se o professor consegue mesmo controlar o robô com a mente.

Ele diz que o grande avanço da tecnologia desenvolvida por ele é o tempo de resposta do robô. Ele levanta os braços e chuta praticamente na mesma velocidade que nós gastamos para fazer esses mesmos movimentos com o nosso corpo.

A tecnologia também está ficando mais simples, qualquer pessoa é capaz de usar. Antes de começar a experiência é importante comer alguma coisa. Segundo os pesquisadores, o cérebro não funciona direito se o estômago estiver vazio. E um alimento importante é o chocolate.

O professor Choi diz que isso é um primeiro passo para a recuperação de pacientes com derrame cerebral que bloqueia as ligações nervosas entre o cérebro e os membros. Eles voltariam a mexer braços e pernas com uma espécie de armadura mecânica movida com o poder da mente, como hoje já dá pra fazer com o robô.

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Oxi pode matar 30% dos usuários em apenas um ano

Uma droga mais devastadora do que o crack invade as ruas das cidades por todo Brasil.
O crack apareceu nos anos 80 nos Estados Unidos. Nós não tomamos nenhuma medida preventiva. Sequer educamos as crianças. O que aconteceu? A primeira cracolândia se estabeleceu em São Paulo e a droga se espalhou pelo Brasil inteiro. As estimativas são de que existam 1,2 milhão de usuários de crack pelo país. É uma epidemia. Agora surge o oxi. Uma preparação mais bruta, mais barata da cocaína e ainda mais destruidora do que o crack. É difícil prever o que vai acontecer? Nós vamos assistir passivamente à disseminação do oxi pelo Brasil inteiro? Nós não vamos fazer nada?

“O oxi é um tipo de crack adulterado. Fundamentalmente todos eles vêm da pasta base de cocaína. É fundamentalmente você colocar nesta pasta base ou querosene, ou gasolina ou cal. E você vai transformar de uma forma muito tosca, com uma tecnologia muito tosca, um subproduto do crack, mais adulterado, que tem as características de ser mais barato, mais poderoso, e mais de fácil acesso para o usuário”, explica Ronaldo Laranjeira, psiquiatra da Unifesp.



O oxi entrou no Brasil há sete anos pelas fronteiras que o Acre faz com a Bolívia e o Peru. Ficou restrito ao norte do país até este ano, quando se espalhou por diversos estados. A primeira apreensão de oxi na cidade de São Paulo foi em março deste ano de 2011. É possível que o oxi já existisse antes?

“Eu acredito firmemente nisso. É muito provável que esse produto já estivesse em circulação pelo menos naquela região da cracolândia há mais tempo”, acredita Wagner Giudice, diretor do Denarc.

Quando você fuma o oxi, o querosene provoca náuseas, vômitos, tosse, sensação de sufocamento, tremores e até convulsões. Os vapores de cal irritam os olhos, provocam perda parcial da visão e cegueira. O oxi queima por onde passa. Boca, garganta, brônquios e pulmões ardem. Você pensa que está fumando cocaína, mas na verdade está se envenenando com querosene e cal.

“Quando ele vai ser queimado fica o resíduo da não queima de parte da querosene. A fumaça que sai é a fumaça que vai ser inalada. Querosene, cal. E nós temos o resíduo que sobra, uma espécie de uma graxa. O cheiro de combustível pela queima do querosene. A sobra é esse líquido oleoso, conhecida como oxi ou oxidado porque ele fica realmente oxidado”, explica um delegado.

“Eu acredito que o oxi pode alcançar muito rapidamente os consumidores de crack. O crack alcançou mais de 90% das cidades brasileiras por ser uma droga conhecida como barata. O oxi é mais barato do que o crack”, acredita Wagner Giudice, diretor do Denarc.

“Fizeram uma pesquisa de um ano com cerca de cem usuários e constataram que, em um ano, 30% desses usuários acabaram morrendo em razão dos efeitos dessa droga lá no Acre. Hoje, o oxi chega em uma zona onde o pessoal já está com graves problemas de saúde. A maioria dos que estão na Cracolândia sofre de AIDS, sofre de tuberculose, e, por incrível que pareça, sarna, em razão da promiscuidade que eles estão vivendo. Então o oxi entrando em um campo desses realmente vai causar mais malefícios”, alerta Reinaldo Corrêa, delegado do Denarc.

Marcos Antônio é um usuário de oxi e crack em tratamento. A dependência o fez roubar objetos da família e morar na Cracolândia.

“Passei três noites lá. Eu vi crianças de 7 anos de idade na fissura, ameaçando pessoas para dar um trago. Por ele ser muito barato, está entrando como uma avalanche no mercado. Lá na Cracolândia você compra trago por R$ 0,50. A gente se sente uma escória, a gente se sente um verme ali”, conta Marcos. “Vi que eu precisava me internar no momento em que vi meus filhos abandonados. Tenho duas filhas adolescentes.”

Uma droga devastadora como o oxi destruirá um número incalculável de usuários e famílias. Dependência química não é caso de polícia. É doença que precisa ser enfrentada com medidas preventivas e assistência médica para tratamento dos dependentes. Estamos diante de uma tragédia anunciada: o oxi. Ainda dá tempo para reagir.

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CIDADE

 

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 23/05/2011


 

VIGÉSIMO ASSASSINATO É REGISTRADO EM PATOS NESTA SEGUNDA


Por Mário Frade/Fotos Portalpatos.com

Clique nas fotos para ampliá-las, porém se preferir não veja as demais

Mais um assassinato foi registrado na manhã desta segunda-feira 23 de maio, por volta das 06 horas na Rua Juvenal Ledo, bem ao lado do Hospital Regional de Patos, deputado Janduy Carneiro.

O albergado José Antônio de Araújo (idade não informada), conhecido por “Júnior de São Bento”, foi morto com aproximadamente seis tiros efetuados quase que a queima-roupa, disparados de Pistola, por dois homens que estavam em uma moto com características não anotadas.

Outro albergado conhecido por Antônio Lourenço Filho, 44 anos [foto], natural de Teixeira, que pilotava a moto em que estava na companhia da vítima, disse que correu para dentro do Hospital para não morrer, porém não forneceu elementos suficientes a polícia que iniciou os primeiros trabalhos investigativos no local.

Ele disse que tem problemas de visão e na hora do sinistro, com medo, assim que desceu da moto, correu e só escutou os estampidos que também foram ouvidos por comerciantes e moradores da localidade. A polícia acredita em execução, porém só depois se pronunciará sobre o caso.

De acordo com informações da policia ele foi sentenciado por estupro e obrigatoriamente, por ser albergado, apenas dormia no presídio feminino. Já Antônio Lourenço Filho é acusado de assassinato e também estava pagando à pena como albergado. Os dois teriam parado em uma barraca ao lado do Hospital para tomar café. A polícia ainda não tem pistas dos suspeitos.

Com esse crime, sobe para vinte, o número de pessoas assassinadas em Patos

quarta-feira, 18 de maio de 2011


Máquinas caça-níqueis são vendidas facilmente pela internet

Saiba como as máfias da indústria criminosa da jogatina compram online essas máquinas de tomar dinheiro.

A máfia dos caça-níqueis conta agora com mais uma arma: a internet. Para mostrar como é fácil adquirir peças e até mesmo máquinas inteiras, o Fantástico encomendou e recebeu um desses caça-níqueis. O resultado de dois meses de investigação você vê na reportagem especial de Guilherme Portanova e Diego Moraes.

“Eu acho que eu perdi, sem exagero, no mínimo, uns R$ 250 mil”, calcula um jogador. Esse é o depoimento de uma pessoa que joga em bingos. Os apostadores sabem que os bingos são proibidos no Brasil e sabem também que no jogo ilegal só existe um vencedor.

“A gente sempre perde muito mais do que ganha, não aconselho para ninguém jogar, porque depois que vira um vício fica patológico. Você não consegue sair disso”, relata uma apostadora.

O único vencedor é quem explora o vício. Veja o que diz este vendedor de máquinas caça-níqueis. Ele fala sobre a calibragem da máquina, que já vem programada para só pagar a metade do prêmio. “Ela já está com 50%. Se, mesmo assim, você achar que está comendo muito ou soltando muito, aí você me dá um toque”, disse.

Fantástico encontrou este vendedor na internet. Para mostrar como o esquema é simples, nós conseguimos comprar em São Paulo uma das máquinas dele. Você vai ver como as máfias dos caça-níqueis compram online essas máquinas de tomar dinheiro. Você vai ver também as casas de bingo que aceitam cartões de crédito e de débito para o apostador sacar dinheiro vivo.

Sites brasileiros oferecem caça-níqueis de vários modelos. Os preços variam, dependendo do tipo. Em outro site, aparece uma máquina usada por R$ 650. Outro site vende uma nova com garantia. O vendedor oferece manutenção e ainda aceita cartão de crédito.

Pesquisando na internet, chegamos a um fornecedor chinês. É o caminho para o contrabando de caça-níqueis. Nosso primeiro contato foi por telefone para tentar encomendar uma placa eletrônica que é o cérebro da máquina. Ela custa cerca de R$ 900, mas o vendedor dá a entender que preço não é problema para os criminosos. “Você sabe que é ilegal, e quando é ilegal o pessoal ainda mais gosta”, disse o vendedor.

Uma semana depois, chegamos a Ciudad del Este, no Paraguai, para buscar a placa. O jogo nos caça-níqueis e a venda das máquinas não são ilegais no país. O fornecedor fica em uma galeria de escritórios. É um chinês conhecido como Tchá. Ele está atendendo um cliente que veio buscar uma placa. Não demora muito, e o repórter é recebido como velho amigo. “Finalmente chegou. Se você quer jogo, a gente tem bastante”, afirma o vendedor.

Ele diz que pode entregar a placa no Brasil. “Tem como entregar em São Paulo?”, pergunta o repórter. “Quando pessoa chega lá, aí ele tem de estar lá para receber”, responde o vendedor.

O esquema é tão bom que Tchá diz também que brasileiros revendem as máquinas deles já montadas. “Pessoa na Bahia pega a minha máquina. Aí e eu pensando que ele está comprando máquina. Não, ele está vendendo”, conta.

Tchá vende tanto as máquinas inteiras como as placas e as peças. Uma das peças é chamada de noteiro. É o aparelho que faz a leitura das cédulas de real. Mas, segundo o vendedor, é arriscado tentar entrar no Brasil com essa peça contrabandeada. “Você passar noteiro é perigoso”, alerta.

O noteiro só pode ser importado com autorização da Receita Federal. Mesmo assim, Tchá diz que tem revendedor no Brasil. “Você pode comprar com meu parceiro lá em São Paulo”, orienta.

O Fantástico não fechou negócio com esse vendedor. Até bem pouco tempo, negociações como esta começavam no Paraguai e terminavam no Brasil, com a entrega de um caça-níqueis completo. Só que os criminosos se especializaram e hoje muitos entregam apenas a memória, uma placa onde o jogo está gravado. Ela tem um volume muito menor e é mais fácil de transportar.

Os criminosos podem comprar as máquinas em sites brasileiros de compras. Falamos ao telefone com um vendedor que anuncia em um site. “A partir de confirmado o pedido é que eu começo a montar”, diz o vendedor, que conta como despacha o caça-níqueis semipronto.

“O mais seguro que eu estou fazendo, eu fiz no Espírito Santo e vou fazer em Manaus, é mandar as peças separadas. O gabinete por empresa de ônibus, que é só madeira, e as peças, pelo correio”, conta.

Mas nós combinamos de receber a máquina já montada. O vendedor diz que não existe motivo para preocupação. Segundo ele, se a polícia descobrir a transação e o comprador acabar condenado na Justiça, a pena será leve. “Não dá nada mais sério. Contravenção, se der alguma coisa, é pagamento de cesta básica. É coisa besta”, comenta.

Com essa história, ele engana os compradores. A Justiça passou a enquadrar os donos de caça-níqueis nos crimes de contrabando e descaminho, porque as máquinas contêm peças importadas ilegalmente.

“A pena era de um crime que a gente podia chamar de um menor potencial ofensivo, até dois anos. Agora a pena vai até seis anos de reclusão dando prisão imediata para quem se aventurar”, afirma o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rafael Willis.

Para adquirir a máquina anunciada em um site brasileiro, fizemos um depósito de R$ 150 em uma lotérica de Brasília. O caça-níqueis vai ser entregue em São Paulo em mãos. Chegamos local combinado: o estacionamento de um shopping da maior cidade do país.

De cara, o vendedor diz que a máquina já está programada para dar a metade do valor apostado. Se quiser, essa programação pode ser alterada. “Ela já está com 50%, mas se você achar que ela está comendo muito ou soltando muito, aí você me dá um toque”, afirma.

Agora ele usa um plástico para tapar o caça-níqueis, que nós vamos transportar em um carro, no porta-malas. Fazemos o pagamento. Com mais os R$ 150 do depósito, a máquina sai por R$ 1.250.

Segundo a Polícia Federal, o montador das máquinas caça-níqueis está praticando contrabando e descaminho, o mesmo crime cometido pelos administradores dos sites que vendem essas máquinas.

“Aqueles que se valerem da internet para desenvolver uma atividade ilícita estará incorrendo nos crimes previstos na lei”, afirma Marcelo Duarte, delegado da Polícia Federal do Rio de Janeiro.

Estamos agora em um bingo que funciona dentro de uma churrascaria da capital gaúcha. Os donos não sabem que policiais estão prestes a dar o flagrante e fechar o estabelecimento. Lá, as máquinas de cartões de crédito e débito do restaurante viraram terminais de saque. “É a forma de angariar mais jogadores e protelar o pagamento, pois sabem que virá na sempre na fatura seguinte. Com isso, eles agregam mais clientes”, aponta a promotora de Justiça Sônia Mensch.

O apostador passa o cartão com o valor desejado para pagar pela suposta refeição. Aí a casa devolve o valor em dinheiro vivo, e o jogador pode, então, jogar. A fiscalização fechou a churrascaria e o bingo no mesmo dia em que o Fantástico esteve lá.

Na divisa de Goiás com o do Distrito Federal, é como se a lei não existisse. Fica até difícil acreditar que uma estrutura de um bingo funcione sem o conhecimento das autoridades. O bingo é enorme, e o jogo corre solto. Alimenta a esperança dos apostadores e enche os bolsos dos empresários do mercado ilegal.

“O jogo é a tentação. A gente está em casa, fica naquela cegueira danada. Enquanto não vem, não sossega. Já perdi dinheiro esta semana, mais de R$ 1 mil. Já fiz empréstimo, acabou tudo.

No Rio de Janeiro, no início de abril, três bingos foram descobertos numa galeria comercial em Copacabana. Um deles tinha câmera de segurança, que não evitou a ação da polícia. Em outro bingo, os jogadores tentaram justificar a diversão. “É um vício, a gente cheiras as máquinas”, disse uma senhora.

No fim do mesmo mês, a Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de Rogério Andrade, apontado pela polícia como o chefe da máfia dos caça-níqueis no estado. Ele é acusado de ter mandado matar um sargento do Corpo de Bombeiros em novembro do ano passado. Meses antes, Rogério tinha sido vítima de um ataque a granada, em plena luz do dia, em uma avenida da Zona Oeste do Rio.

Só em um depósito da Receita Federal do Rio de Janeiro estão 20 mil máquinas. Elas foram apreendidas e serão destruídas. Mas parece que a fiscalização não consegue vencer o mercado. Os bingos continuam abertos e cada vez com um número maior de jogadores.

“Atualmente está chegando uma média de cem máquinas da Polícia Federal por semana”, calcula a superintendente regional da Receita Federal, Denise Fernandez.

Trata-se de máquinas que só existem para tirar dinheiro de quem joga, especialmente dos jogadores compulsivos. “Eu cheguei a pegar muito empréstimo. Até hoje eu pago. Peguei empréstimos altos para poder jogar”, conta um apostador.

A máquina que o Fantástico adquiriu em São Paulo vai ser entregue nesta segunda (16) à Polícia Federal. “Isso é um câncer para a sociedade”, resume um apostador.