sexta-feira, 23 de setembro de 2011

23/09/2011 13h53 - Atualizado em 23/09/2011 13h53

Polícia investiga suspeitos de matar universitária dentro de casa em SP

Assassino de Bianca Consoli era conhecido dela, diz delegado do DHPP.
Entre os investigados estão pessoas que conviveram com a vítima.

Kleber TomazDo G1 SP
Bianca Consoli foi achada morta dentro de casa na Zona Leste de SP (Foto: Reprodução / Divulgação)Bianca Consoli foi achada morta dentro de casa na
Zona Leste de SP (Foto: Reprodução / Divulgação)
Mais de dez dias após o assassinato de Bianca Ribeiro Console, de 19 anos, a Polícia Civil de São Paulo continua investigando pessoas ligadas à universitária como os principais suspeitos do crime ocorrido na Zona Leste da capital paulista. A jovem foi encontrada morta na casa onde morava com a família, no Parque São Rafael, com sinais compatíveis com estrangulamento no dia 13 de setembro.
De acordo com o delegado Maurício Guimarães Soares, da divisão de homicídios do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), quem matou Bianca era conhecido dela. “Entre os investigados estão pessoas que conviveram com a vítima. Não há um suspeito específico. Estamos apurando informações envolvendo um grupo de pessoas, que não posso especificar o número ou quem são para não atrapalhar nosso trabalho. O que posso dizer é que tudo indica que o assassino conhecia a vítima”, disse o delegado Soares nesta sexta-feira (23) ao G1.

O Ministério Público acompanha as investigações policiais que tentam identificar o autor do homicídio. O G1 não conseguiu localizar o promotor Antonio Nobre Folgado para comentar o assunto.
 
Assassino conhecia vítimaOs parentes de Bianca também acreditam na tese da polícia de que o agressor da estudante seria conhecido da jovem. “Como é que você vai entrar dentro de uma casa e sair, deixar a casa trancada e matar alguém de dentro da casa, e sair e deixar o portão fechado? Então a pessoa era conhecida. Conhecia os hábitos da família, sabia detalhes da casa”, havia dito o tio de Bianca, Luiz de Brito Bicudo, após o enterro da jovem em Santo André, no ABC.
De acordo com os investigadores, o criminoso fugiu levando a chave do portão da residência, que ficou trancado. Dentro do imóvel, os móveis foram encontrados revirados. Aparentemente, nada havia sido roubado.
O crimeSegundo a Secretaria da Segurança Pública, Bianca estava sozinha em casa na terça. Seus pais haviam saído para trabalhar. A tia da jovem, que mora em uma residência ao lado, estranhou o fato de a janela vizinha estar aberta e o televisor e as luzes, ligadas.
Por volta das 20h, a mãe de Bianca chegou e, por estar sem a chave do portão, pediu para um sobrinho de 10 anos pular o muro para destrancá-lo. Quando a tia e a mãe entraram, encontraram a jovem caída na sala perto de uma porta que dá acesso à sacada.
Os bombeiros foram acionados e a jovem chegou a ser atendida, mas não foi possível reanimá-la.

Mensagem no FacebookNo dia em que foi achada morta com ferimentos no pescoço compatíveis com estrangulamento ou esganadura, Bianca também teria postado mensagens na página pessoal dela no site de relacionamentos. Às 12h17 estava escrito “As coisas estão dando certo”, em seguida, aparecia um asterisco e um sorriso estilizado. Às 13h14, escreveu “Deus”, seguido de uma imagem de um coração.

As informações na rede social de Bianca na web estão sendo analisadas pelos investigadores para tentar ajudar a chegar a algum suspeito de ter matado a aluna do curso de administração de empresas.
O namorado de Bianca, Bruno, tinha dito aos jornalistas que o casal namorava havia oito meses, e que os dois faziam planos juntos. “Ela estava sozinha. Eu acho que eram duas horas da tarde e eu havia ligado para ela. Ela tinha arrumado serviço novo, estava super feliz. A gente ia começar a fazer várias coisas juntos”, disse Bruno durante o enterro da namorada.
Bianca tinha acabado de conseguir um emprego. Começaria a trabalhar na segunda (19). Nada foi levado da casa. No dia do crime, ela estava com o dinheiro que ira usar para pagar a taxa de inscrição de um concurso público. Esse dinheiro também ficou na bolsa dela.

 

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